Bancos e Governo esperam o crescimento do crédito imobiliário após reforma
Com a crescente preocupação sobre a escassez de recursos para crédito imobiliário, agentes do mercado e do governo estão elaborando uma agenda com diversas iniciativas para impulsionar o setor nos próximos anos. A necessidade de buscar novas fontes de financiamento se tornou evidente após a constatação de que a poupança, principal fonte dos financiamentos, não deve se recuperar completamente após os saques de mais de R$ 200 bilhões nos últimos três anos. Sem alternativas, o crédito pode se tornar escasso e mais caro.
O crédito imobiliário, que representava 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no início dos anos 2000, alcançou 10% em 2015, mas desde então não registrou crescimento significativo. Esse avanço foi possível, em parte, devido à criação de mecanismos jurídicos como a alienação fiduciária e o patrimônio de afetação, que ofereceram maior segurança aos bancos para conceder empréstimos e garantir suas operações em caso de inadimplência.
Além disso, o crescimento foi impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que utiliza recursos subsidiados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar a aquisição de imóveis por famílias de baixa renda.