Representantes do setor produtivo de Alagoas estiveram reunidos nesta quarta-feira (12), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), para discutirem a elaboração de um documento a ser entregue ao governador de Alagoas, Renan Filho, contendo sugestões para avançar na vacinação e alcançar 90% de cobertura em todo o estado.
A objetivo é antecipar ações visando minimizar os impactos da covid 19, evitando possíveis medidas que venham a paralisar as atividades econômicas.
Atualmente, a cobertura vacinal de Alagoas representa 54% da população. De acordo com a análise da equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em 2021, países que alcançaram pelo menos 70% ou mais de cobertura completa, ou seja, mínimo de duas doses, registraram a diminuição da taxa de mortalidade, embora o número de casos tenha aumentado. Porém, para 2022, com a circulação das variantes Delta e Ômicrom, a estimativa é de que a cobertura necessária para que haja o menor impacto possível seja de, pelo menos, 90%.
Ainda segundo a Sesau, a previsão é que os números de casos comecem a aumentar ainda mais a partir da oitava semana do ano (de 20 a 26 de fevereiro), mantendo-se em elevação até a 21ª semana, em maio (de 22 a 28), daí a importância de conscientizar a população a se vacinar para que, mesmo com o aumento de internações, o número de óbitos caiam, uma vez que a vacina contribuição para uma menor carga viral. Paralelamente, é preciso também que todos continuem a cumprir os protocolos sanitários.
O secretário de Saúde, Alexandre Ayres, falou que o momento é de discutir com a sociedade e dividir responsabilidades. “Não podemos achar que o poder público pode resolver sozinho e não dá para o poder público achar que fechar tudo é a solução. É um vírus que irá permanecer entre nós e que temos que aprender a conviver. Chega a ser surreal estar neste momento discutindo a importância da vacinação quando ela é o único tratamento comprovadamente eficaz”, falou. Ayres acrescentou que o estado vai fazer de tudo para não fechar nenhum segmento produtivo e econômico, mas que para isso acontecer, é preciso a colaboração de todos.
A declaração do secretário trouxe um certo alívio aos setores. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas, (Fecomércio AL), Gilton Lima, o momento é de reforçar com os representados a atenção que deve ser dada aos protocolos sanitários e o estímulo para que os colaboradores se vacinem.
“Vamos intensificar a campanha #naodeixeocomerciofechar, que tem um cunho educativo e que orienta empresários e comerciários ao uso de máscaras, álcool 70% e o respeito às medidas de distanciamento social, a exemplo da demarcação dos pisos nas filas”, disse Lima.
Na oportunidade, ele entregou aos secretários Alexandre Ayres e Marcius Beltrão; ao presidente da AMA, Hugo Wanderley, e ao reitor da UFAL, Josealdo Tonholo, o posicionamento da Fecomércio sobre a Covid-19, as ações já realizadas e a retomada da campanha em prol da manutenção do Comércio aberto.
A reunião foi coordenada pelo presidente da FIEA, José Carlos Lyra, sendo a mesa composta pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Marcius Beltrão – representando o governador; pelo secretário de Saúde, Alexandre Ayres; pelo presidente da Fecomércio, Gilton Lima; pelo presidente da AMA, Hugo Wanderley; pelo presidente da Federação das Associações Comerciais, Kennedy Calheiros; pelo reitor da UFAL, Josealdo Thonholo; pelo presidente da ABIH, André Santos; e pelo superintendente da Vigilância em Saúde, Herbert Charles.