Brasileiros enfrentam o frio canadense em aventura de quadriciclo
Na memória, imagens marcantes, paisagens exuberantes e algumas peripécias. “Mesmo sabendo da rigidez das regras canadenses, vi um barquinho ancorado no píer do lago do hotel e resolvi pegar emprestado. Eu tenho habilitação, sei operar, liguei o motor e dei uma volta pelo lago. De repente, vi todos os meus amigos e os instrutores desesperados me pedindo para voltar. Todos preocupados com o perigo real de um iminente ataque de algum animal selvagem”, explicou Nilo, acrescentando que um colega mais corajoso pegou um caiaque, virou e caiu no lago gelado. “Pense!”
A partir do momento em que montou no quadriciclo, aquele passou a ser o único meio de transporte da turma. Todo o trajeto entre hotéis era feito naquele veículo. E no translado de um ponto a outro, sempre algo que marcasse o momento. “São situações que se vive e se leva consigo para o resto da vida. Em determinado ponto, encontramos trilhas de ursos, cabanas de caçadores e indígenas. É uma experiência indescritível”, salienta.
Um almoço inusitado, parada de caçadores, comida de caçadores. “Algo que não sei explicar com palavras. Comidas misturadas. Típica deles, mas incomível para nós. Foi um dia difícil. Mais uma refeição não feita. Nenhum de nós conseguiu comer aquilo. Acabei com um pão com salsicha que só consegui comer porque tinha um catchup no bolso”.
Para Nilo Zampieri Jr, o espirito aventureiro é algo sublime. “Sempre é a sensação da primeira vez. Sempre único, especial e diferente. É como se estivesse descobrindo algo. É o encantamento, a emoção e adrenalina do inesperado, o desafio do novo”.
O empresário conta também que a paixão pelo quadriciclo é um desmembramento de seu instinto aventureiro. “Sempre gostei de fugir do lugar comum. Pular de paraquedas, andar de jet-ski, o prazer e perigo numa linha tênue me atrai”, diz.
A rotina é programada. Todos os dias, após o café da manhã, os aventureiros saiam para descobrir novos horizontes. E sempre chegam ao destino no fim do dia. “Não tinha percurso máximo ou mínimo, fazíamos de acordo com os obstáculos encontrados no caminho. E sempre parávamos para almoçar em algum lugar típico e ‘disponível’ no caminho”.
Aventura de quadriciclo é sempre passeio rústico. Em alguns, o motor quebra; em outros, o pneu rasga. “Mas no Canadá não houve nenhum imprevisto deste nível”, informou Nilo Zampieri Jr, acrescendo que o próximo destino “é provavelmente, outra vez, o nordeste brasileiro”.
Revista Condomínio & Mercado Imobiliário