Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo, após agentes encontrarem uma estufa com plantas de maconha em diferentes estágios de desenvolvimento dentro do apartamento onde ele morava. A operação, que cumpria mandados de busca e apreensão em dois imóveis localizados no mesmo prédio, no bairro Ponta da Praia, também resultou na apreensão de cogumelos embalados a vácuo com aparência de psilocibina, dois selos com características visuais semelhantes ao LSD, porções de maconha prontas para uso e comércio, além de apetrechos como vidros etiquetados, vaporizador e caderno com anotações de produção e transações comerciais.

Segundo o relato da mãe do suspeito, a avó dele, que mora no mesmo prédio, está acamada e sofre de Alzheimer. Por isso, o neto cultivaria a planta para extrair canabidiol, que seria administrado à idosa sem prescrição médica ou acompanhamento profissional. A polícia, no entanto, afirma que a prática representa manipulação e dispensação ilegal de substância sujeita a controle sanitário, fora das normas da Anvisa. O homem alegou ter autorização judicial para cultivo com fins medicinais, mas não apresentou documentação válida. Também não comprovou autorização sanitária para manipular derivados da cannabis nem receituário médico que justificasse o uso por terceiros.

Durante a vistoria, a polícia ainda encontrou uma mulher que seria companheira do suspeito. No quarto do casal havia cigarros parcialmente consumidos e um vaporizador, o que indicaria uso recreativo da droga. Segundo a investigação, o conjunto de evidências aponta para uma conduta incompatível com o cultivo autorizado para fins terapêuticos, o que pode configurar crimes previstos nos artigos 33 e 34 da Lei de Drogas. A mulher será investigada, mas não foi autuada em flagrante.